Tradicional versus Digital

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Oi pessoal! Eu nem sei mais como recomeçar qualquer post aqui no blog. Os hiatos entre minhas publicações já podem ser comparados aos de Steven Universe, ou seja lá qual for a sua série favorita que vive entrando em hiato (a minha é Steven Universe, hahaha).

Enfim, tem muita, muita coisa acontecendo do lado de cá da tela. A maioria não é necessariamente legal. Não vou entrar em detalhes pra não desgastar os eventuais leitores com problemas pessoais, basta dizer que no momento não estou trabalhando fora, não estou envolvida em nenhum projeto como freelancer, nem como voluntária, mas também não tenho energias pra estar 100% produtiva artisticamente.

Apesar disso tudo, tenho tentado tocar minha prática artística de forma mais descompromissada ultimamente, sem me apegar muito às mídias sociais e ao blog mesmo, o que me leva a alguns momentos de rascunhos que acabo curtindo pra caramba. Foi o que aconteceu nessa tarde. Hoje me propus a passar o dia sem ligar o computador, Só eu e uma folha de papel a tarde toda. Só consegui fazer dois rascunhos, porque acabei me prendendo demais a eles: o primeiro de um carro, completamente fora da minha zona de conforto e que ficou horrível, outro de uma mulher, que acabou se transformando na Saori Kido.

Esse segundo rascunho, da Saori, foi um que eu gostei demais. Gostei do gestual que desenvolvi e estava correndo tudo bem, até eu começar a usar marcadores. Como estava em papel de rascunho (era o verso de uma folha impressa) não demorou pro nanquim começar a borrar a medida que eu espalhava os marcadores pelo desenho. Além disso faz tanto tempo que não uso mídias tradicionais que minhas canetas estão todas secas, inclusive a de gel branco. Ela não funcionou nem com reza braba. Pra coroar, começou a faltar espaço pra desenvolver mais o rascunho. Daí decidi escanear a folha.

Usei um bocado de materiais diferentes nesse aí. Foi bem divertido! :D
Levei o desenho pro digital primeiramente com o intuito de corrigir os erros, mas quando cheguei lá lembrei de toda a experiência acumulada em manipulação de imagens e nas pós produções que costumo aplicar aos meus desenhos em mídias digitais. A partir daí foi aproximadamente 1h repintando algumas partes, revendo a composição e finalizando com detalhezinhos aqui e ali pra chegar nessa nova imagem.

O "abacaxi" que eu tinha pra descascar com o Photoshop

Um gif com as camadas e etapas do processo

Imagem final

Blá, blá, blá, e o que eu quero dizer com tudo isso? Que ainda tem muita gente por aí desperdiçando energia discutindo que mídia é melhor, quando pode-se muito bem começar uma coisa no tradicional e terminar no digital e vice-versa. Sim! O contrário também funciona muito bem. Já imprimi rascunhos digitais e passei nanquim neles, por que não? O pessoal precisa se desprender desses conceitos de preto no branco quando o assunto é arte. Não existe o errado. Existe a experiência. Eu podia ter terminado com a minha Saori lá, com a cara toda borrocada, mas decidi salvar ela e fiquei feliz e satisfeita com ela toda limpinha, hahahahaha.

Vamos experimentar mais, pessoal. Levar essas experiências de um lado ao outro, misturar as mídias e fazer coisas novas! :)

Boas artes e experiências a todos e até nosso próximo encontro!