MDC 5 - Agosto

sábado, 30 de agosto de 2014

Depois de um mês me abstendo de participar e um mês de blackout do grupo (prefiro considerar como férias coletivas, hehehe), estamos de votla ao Monthly Drawing Challenge. Pra esse mês, optamos por brincar de gender bender, ou mudança de gênero, se preferirem. O acordo é que tava valendo trocar o gênero de qualquer personagem conhecido. Esse negócio já é muito comum entre os artistas que fazem fanarts e os resultados variam bastante.

Gender Bender de Suzumiya Haruhi no Yuutsu.
Meu primeiro contato com o estilo lá atrás, em 2009/2010.

Eu passei o mês inteiro pensando de qual personagem trocaria o gênero. Minha vontade no começo era de apelar pra qualquer um da Disney, como a Elsa ou a Ariel, mas sejamos sinceros… é simplesmente muito óbvio. Gender bender da Disney é o que mais tem na internet, uns bizarros e outros absolutamente sensacionais. Como grande exemplo posso citar no momento a artista Sakimi chan.

Algumas artes de Sakimi chan!

Tentando então ser um pouco menos óbvia, me peguei pensando qual personagem conhecido poderia então transformar. Me peguei pensando também que um bom gender bender tem que ir além da simples troca de roupa, ou de gênero. É praticamente um redesign! É preciso levar em consideração quais são as características marcantes daquele personagem e como elas serão transformadas em outro gênero junto com ele. Foi isso que eu tentei fazer com nosso amigo, o Cascão, da Turma da Mônica, de autoria do Mauricio de Sousa.

Então, o que eu sabia do Cascão? Que ele é sujinho, tem cabelo crespo, se veste com uma camiseta amarela e um macacão(?), não gosta de água, não toma banho, anda sempre com um guarda-chuva, tem um porco de estimação e adora futebol. O desafio agora era transportar tudo isso pra outro gênero.

Cascão

Nesse processo decidi que não queria transformar o Cascão clássico em menina, mas sim o da turma da Mônica Jovem, o que me deixaria com uma Cascoa teenager (sim, Cascoa, pois a Cascuda já existe). Depois de pensar nessas coisas todas, fui pro computador e comecei a rabiscar. O primeiro processo, do rascunho básico ao mais finalizado está a seguir:

Processo de concepção da Cascoa

No que diz respeito ao desenho de linhas, tentei levar as características do Cascão original para a minha Cascoa, como o estilo do cabelo e a presença do guarda-chuva. Pra remeter à alça do macacão (ou suspensório, eu não sei, me corrijam por favor! XD) usei uma bolsa transversal e para lembrar do fanatismo dele pelo futebol, coloquei nela um chaveiro em forma de bola.

Tcharaaaaannn! Apresento-lhes a Cascoa!

No acabamento, brinquei com retículas e padrões de repetição pra trazer outras características marcantes pro desenho, como a estampa do guarda-chuva com a temática Chovinista, e o padrão xadrez na calça e na bolsa.

Cascoa - Detalhe 1


Cascoa - Detalhe 2

Pessoalmente gostei muito do resultado, e não imaginava que meu exercício de gender bender fosse sair todo em um só dia, muito menos do jeito que saiu. Foi super legal e fiquei com vontade de repensar toda a turminha (que era meu plano hoje pela manhã XD).

Bom, espero que tenham gostado. Pra quem nunca ouviu falar no MDC e gostaria de saber do que se trata, basta pode ir até o grupo no deviantART. Todos que quiserem se juntar à brincadeira são muito bem vindos.

Até a próxima!

Papel para desenho Off Paper

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Confesso que mesmo sendo designer gráfico, não entendo muito de papel e, por isso, acabo comprando sempre mais do mesmo, ou um papel errado pra uma determinada finalidade.

Embora isso acabe me deixando com desenhos à aquarela enrugados, ou pinturas com marcadores que mancham o verso da folha, ou outras páginas do sketchbook, nunca foi algo que me incomodou muito. Tudo é papel e no fundo, na hora do estudo, o que vale mesmo é a experiência adquirida.

Ou era assim que eu pensava até pouco tempo, antes de comprar uns blocos de desenho da marca Off Paper. Numa daquelas de garimpar pelas papelarias com a Nane e o Bis, um dia me deparei com esses papeis para desenho por um preço super acessível (tipo, menos de R$ 3,00 o bloco de 20 folhas brancas de 120g/m²).

Papel [Get] Off Paper

Na ocasião da estreia, usei algumas folhas pra rabiscar com lápis de cor e pensei: “Meh… dá pro gasto”. Mas depois de um tempo usando folhas da Filiperson (Filipinho, heim! Não é da linha profissional. Também é escolar!) percebi que esse Off Paper não é tão bom assim…

Primeiro, o papel marca com tanta facilidade que dificulta até um rascunho de leve com lápis HB. Rascunhar de leve com um grafite mais macio parecia então melhor, mas basta tentar apagar algumas vezes pra ver que sai farelo, não da borracha, mas do papel. Tá, eu sei que isso é exagero, hehe. Mas é verdade que a fibra do papel não suporta muito a fricção da borracha. Logo começa a se desfazer e ficar com aquelas penugens na superfície, sabe?

Arte final? Não acho boa ideia também. Passei a fine liner 0.05 mm em um desenho pra definir a forma geral e depois valorizar a linha, e só o ato de apagar as linhas do rascunho com aquela borracha maleável (limpa-tipos) já detonou com a possibilidade de acabamento do desenho. A tinta nanquim fica sangrando com qualquer encostão que dure mais de 1 segundo no mesmo lugar… tenso!

Um exemplo de onde a tinta sangrou teve hemorragia. :P

Bom, esse post nasceu um pouco no meio da revolta de ter um rascunho “perdido”. Mas o que eu quero no fim das contas, não é “só falar mal” do papel da Off Paper, mas compartilhar a experiência e a frustração, e deixar o aviso de que não é um bom material para projetos que vão sofrer retrabalho ou passar por outras etapas.

Talvez para uma mídia mais definitiva, como rascunhos com caneta esferográfica, lápis de cor ou mesmo nanquim, seja muito bom, até em função do custo x benefício. Mas trabalhar com lápis, depois tinta, depois cor, e  por aí vai… não aconselho. :)

E é isso. Até o próximo post!

Inspiração - Design Seeds

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Há muito tempo quero falar sobre o Design Seeds, um projeto de uma designer que se dedica a criar paletas de cores a partir de fotografias. São cenários, objetos, arranjos, que se desdobram em combinações de cores que encantam.

Se as cores por si só já inspiram, mais legal ainda é ver a paleta junto da fotografia de onde ela saiu. Nesse caso, há mais um elemento pra se inspirar: a sensação que a foto transmite.

Meu primeiro contato com o Design Seeds, foi no ano passado, quando estagiei como faz tudo designer em uma empresa pequena e já nessa época percebi a possibilidade de tê-lo como fonte de inspiração. Na ocasião utilizei como referências pra criação de um projeto de identidade visual. Hoje, revisitei o site com o intuito de deixar a criatividade fluir pra outro lado.

Não precisei navegar muito até encontrar meu objeto de estudo. Me deparei com essa linda foto do oceano, e logo minhas engrenagens começaram a funcionar tentando imaginar o que poderia combinar com aquele cenário. De cara imaginei uma mulher, bem bronzeada, terminando seu passeio na praia, leve e feliz! :P

Paleta de cores do Design Seeds. Para acessá-la clique aqui.

Daí fui rabiscando, e saiu essa moça aí embaixo. Na metade do caminho eu desisti de fazer o corpo dela, porque fiquei com pressa de terminar o estudo e já estava cansada, mas acho que a ideia principal deu pra transmitir.

Noção de moda igual a zero! XD

Mais perto...

... e ainda mais perto. :)

E é só! O post de hoje, além de trazer um estudo pessoal, tem a intenção de compartilhar essa grande referência, super útil para vários tipos de projetos! Então tratem de favoritar esse site, e se deixem inspirar!

E aí, curtiram? Deixem seus comentários! :D
Até a próxima!