No fundo do mar

terça-feira, 24 de junho de 2014

Aposto que vocês estão lendo o título desse post e estão pensando: "Lá vem coisa d'A pequena sereia de novo!". Pois se pensaram isso lamento muito informar mas estão enganados, hehehe! Aposto que alguns nesse momento disseram: "Ufa!". XD Chega de zoeira!

Ultimamente tenho encontrado um pouco de dificuldades pra criar. Estou me esforçando pra desenhar pelo menos um pouco todo dia, mas tem vezes que o lápis passeia, passeia e passeia, mas não sai nada. Embora isso possa ser um pouco frustrante, tem seu lado bom, porque numa tentativa de fazer estudos com maior frequência, acabo inventando outras atividades que fogem da criação de personagens e afins.

Juntando esse bloqueio com um desejo antigo de aprender mais sobre pintura digital, hoje decidi só pintar de observação. O desafio foi encarar algumas cenas de fundo do mar. Fui no Pinterest, procurei por tubarões, e salvei algumas imagens pra usar como referência. Os estudos correram no tempo médio de 1h cada um, com uso de poucas camadas, como no Tucano, tentando dispensar rascunhos detalhados e visando mais o trabalho de pintura a partir da silhueta básica do "personagem". Os resultados estão logo abaixo.

Primeira cena de fundo do mar. Pintei usando essa fotografia como referência.

A segunda cena foi feita tendo essa foto como referência.

Mais uma vez, como no tucano, não estão retratos perfeitos das cenas. Não tenho desenvoltura suficiente pra isso ainda, mas fiquei bastante satisfeita com os estudos e com o uso que consegui obter das ferramentas no Photoshop. Esse tipo de iluminação da água, os reflexos e efeitos, são coisas que não sabia fazer e fiquei contente com o resultado. Fica a lição aprendida, apesar dos inúmeros problemas em ambos os desenhos. ^^"

Espero que tenham gostado e até a próxima! :)

Lápis de cor apagável - Staedtler

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Materiais para desenho costumam ser caros. Por isso, quando quero experimentar um material desconhecido pra mim, acabo buscando uma opção que caiba no meu bolso primeiro, até que eu tenha certeza de que gostei e tenho alguma pretensão de me desenvolver com determinada técnica. Foi assim com minha mesa digitalizadora, com tinta nanquim, com marcadores permanentes e também tem sido com grafites coloridos.

Numa busca por uma alternativa para os Prismacolor Col-erase (lápis de cor apagável de marca internacional utilizado por muitos profissionais que acompanho), descobri a linha de apagáveis da Faber-Castell e depois me foi oferecida a oportunidade de experimentar a linha da marca brasileira Ecole. Sempre tendo como base a minha experiência prévia com minas coloridas como o Pilot Eno Blue e o grafite vermelho da Pentel, achei ambas - Faber-Castell e Ecole - um pouco aquém da minha expectativa, além de um material um bocado difícil de se manusear.

Esses foram os apagáveis que já testamos por aqui. :)

Depois de escrever sobre minha experiência pessoal com esses materiais, um dos meus amigos achou que seria bacana se eu pudesse testar outros tipos de lápis apagáveis, e me surpreendeu com uma caixa de 12 cores da marca Staedtler. Não tenho profundo conhecimento da marca, mas sei que ela oferece produtos tanto pro segmento escolar quanto pro profissional e artístico. A caixa de lápis em questão, mais uma vez faz parte dos produtos da linha escolar. Como nunca experimentei outros dessa marca, não tenho como fazer comparativos como fiz com a Faber-Castell, então só farei referência à outros materiais semelhantes que já experimentei que se propõem a mesma coisa. Entre muitos testes espaçados (muito espaçados), vou falar um pouco do que percebi. :)

E aqui está a bola da vez. Staedtler Noris Club Apagável.

Teste 1 - Transição de cores e saturação
Nesse teste, tentei desenhar uma mancha e representar suavemente a passagem de cores. Pode parecer algo bobo a se fazer, mas acho que com esse exercício da pra ter uma boa noção da gradação e saturação que as minas são capazes de oferecer. Já nesse teste dá pra ver que algumas cores são muito claras e aparecem sutilmente no papel branco, mesmo quando o lápis é passado várias vezes no mesmo lugar, ou pressionado com mais força.


Teste 2 - Cores lado a lado
Aquela sensação de pigmentos claros se intensificou quando coloquei os Staedtler lado a lado com as outras marcas de apagáveis. Mais escuros que os da Faber-Castell, porém mais claros que os da Ecole, a linha da Staedtler ganhou aqui em cobertura de área, na minha opinião. Como estão todos no mesmo papel, podemos comparar bem como os lápis se comportam de forma diferente, provavelmente por causa da composição (quantidade de cera Vs. pigmento - a Nane, do Cappuccino é que entende mais disso!). Pra mim basta ver que os da Staedtler coloriram bem melhor que os outros!


Teste 3 - Apagamento
No último teste, coloquei a prova a promessa de apagar. Sem muita surpresa, eles também cumprem o que prometem e são de fato apagáveis, mas fica claro mais uma vez que alguma coisa relacionada à composição das borrachas influencia nesse resultado. Tentei fazer várias manchas de cor preta semelhantes pra testar com diferentes borrachas e umas apagaram muito melhor do que outras.


Depois de fazer todas essas comparações, sobrou partir pra prática: desenhar! Fiz esse desenho todo usando só a cor azul da caixa da Staedtler. Usei meu caderno Optimus Organizer da Tilibra, na posição horizontal (ou paisagem), e por isso a altura da folha não passa de 20 cm, então eu não tinha muito espaço e tive que trabalhar bem pequeno pra colocar aí os dois personagens. Foi muito difícil acertar os detalhes pequenos, em parte por causa das características da mina, em parte porque o lápis já é uma ferramenta que oferece um pouco menos de controle pras miudezas mesmo. Tive que apontar muitas vezes até conseguir definir o desenho, sempre apertando mais nas formas definitivas do rascunho. Graças à isso, foi bem mais difícil apagar as linhas depois de finalizado.



Esse post está quase seis meses atrasado, mas felizmente saiu! Recentemente andei revisitando a linha da Staedtler em uma série de rascunhos coloridos ainda não publicados em canto algum, e depois de finalmente poder experimentar a linha da Prismacolor, cheguei a conclusão de que se os da Staedtler são melhores que os demais, ainda ficam atrás dos Col-erase. Foi bom poder testar mais uma variedade, e é melhor ainda ter mais um material à disposição pra trabalhos específicos (como os rascunhos coloridos que estou fazendo no momento), mas acho que com relação à pigmentação dos lápis e qualidade da mina, ainda há o que melhorar nessas linhas escolares.

E por agora é só isso! Espero que tenham gostado dessa experiência compartilhada. Mais alguém já testou essas belezuras e gostaria de contribuir para o blog com a sua visão? Os comentários estão em aberto e vou adorar ver o que têm a dizer. :)

Até a próxima!