Inktober

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

“Trinta e um dias, trinta e um desenhos à tinta”.

Foi essa a proposta lançada pelo artista Jake Parker em seu Tumblr para a comunidade de artistas ao redor do mundo. Como qualquer desafio é lógico que existem regras, que são extremamente flexíveis, diga-se de passagem:
  1. fazer um desenho à tinta (pode fazer rascunho à lápis antes);
  2. postar na mídia social de sua preferência;
  3. colocar a hashtag #inktober;
  4. e repetir o procedimento de forma livre (diariamente, só por quinze dias, fazer o mês inteiro em um dia e depois postar gradativamente, ou desenhar só quando te der na telha mesmo). 
Simples assim!

Desempregada desde o início desse mês e com a certeza de que só teria condições de apresentar meu projeto de graduação no início do ano de 2014, me vi, de repente, sem nenhuma atividade na qual pudesse me engajar. Foi então, depois de quatro dias começado o evento, que decidi me juntar aos artistas do mundo todo na brincadeira. Afinal, se era tão simples quanto soava, não poderia deixar de tentar participar, não é mesmo?

Quem me segue pelo Twitter, Tumblr ou Instagram pôde acompanhar minha participação no Inktober 2013. Pra mim o evento começou no dia 4 de outubro, quando fiz um pequeno estudo de observação da Meg, de Paperman (curta animado da Disney) no sketch book e decidi postá-lo na minha conta do Instagram com a hashtag. A partir daí me empolguei e tentei fazer algo pra postar todos os dias.

Meu primeiro Inktober. Ainda estava no estágio, então foi um estudo rápido de observação.

Embora tenha me esforçado, não consegui me planejar como gostaria e teve dia que não consegui sentar pra desenhar. Mas no fim das contas, dos 31 dias de outubro contabilizei minha participação em 24 deles, o que me parece um resultado razoavelmente positivo.

O que posso dizer disso tudo? Primeiro que foi um alento em um momento de puro desespero. Desenhar virou meu momento de alegria e satisfação nesse último mês com todos os acontecimentos ruins. Segundo que foi um exercício muito legal. Sinto claramente que, ao final desse mês de labuta, sentando todos os dias pra desenhar, minha rapidez no desenvolvimento de rascunhos e na finalização melhorou um pouco. Terceiro que o exercício de criar algo todo o dia parece estar convergindo para o que pode vir a ser o nascimento de um novo projeto pessoal.

Outra coisa legal é que apesar do evento não ter nenhum tipo de inscrição e nenhum caráter de obrigatoriedade, eu ficava muito triste quando não conseguia postar e isso foi um fator que me motivou a produzir algo diariamente, mesmo que fosse só um estudo pequeno. Por fim, o retorno que tenho recebido dos meus amigos e da comunidade no Instagram tem sido muito legal, principalmente na série de desenhos dos ratinhos, que ganharão um post só pra eles em breve!

A galera toda reunida no Instagram! Clique com o direito e peça pra abrir em nova aba pra ver maior.

Nunca tinha entrado em nenhum desses desafios, mas foi uma experiência muito boa a qual recomendo pra todos!

Quem quiser ver todos os posts que fiz, basta ir na minha conta do Instagram. Depois vou fazer o upload de tudo pro meu deviantART com qualidade boa.

É isso! Espero que tenham gostado e que venha o Inktober 2014!!!

Lápis de cor apagável Ecole - Ebras

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Caixa de lápis de cor apagável da Ebras - Ecole Apagável 24 cores.

Há algum tempo atrás,  o Caixola foi procurado pela empresa brasileira Ebras, com a gentil oferta para realizar testes em sua linha de lápis de cor apagáveis. Já fazem alguns meses desde que recebi esse material (e alguns outros dos quais falarei em outro post) e demorei um pouco pra escrever a respeito, pois estava super enrolada com meu estágio e o projeto de graduação. Alem disso, a Nanika, minha grande parceira de blog e melhor amiga :), estava muito interessada em testar ela mesma os materiais, pois para ela esse contato com lápis de cor apagável era inédito.  Enfim, demorou um bocado, mas vocês poderão acompanhar a seguir, a visão de duas pessoas sobre esse material. Foi bacana fazer essa troca de figurinhas, pois nossos estilos são diferentes e acredito que as opiniões diversas e a sua própria experiência são importantes para a construção de uma opinião a respeito.

Bom, quando me aproximei pela primeira vez de lápis de cor apagável, estava procurando por uma experiência semelhante à obtida com os grafites de minas coloridas da Koh-i-noor, Pilot e Pentel, porém com maior possibilidade de apagamento, pois esses são bem difíceis de se apagar. Meu primeiro contato foi com os lápis da Faber-Castell que, infelizmente, se mostraram pra mim uma frustração,  pois apesar de serem realmente apagáveis em comparação com as outras minas coloridas que possuo, seu pigmento é muito claro e difícil de trabalhar.

Teste comparativo entre os lápis da Faber-Castell e da Ebras.

Já com o material disponibilizado pela Ebras as coisas foram um pouco diferentes. Fazendo um teste comparativo colocando lado a lado as cores da caixa de apagáveis da Faber-Castell e algumas semelhantes disponíveis na caixa da Ebras, podemos perceber com nitidez a diferença. As cores da Ebras são boas e vivas, deixando uma massa de pigmento boa sobre o papel. Melhor ainda, eles também são realmente apagáveis, vêm com borracha na extremidade de cada lápis e funcionam bem com qualquer borracha, diferente dos da Faber-Castell que “exigem” o uso de borracha sem PVC. No entanto, tive um pouco de dificuldade em manusear os lápis em alguns dos testes que fiz.

No primeiro contato, usei um recorte de papel em formato A6 de gramatura 90g/m² e texturizado para fazer um desenho. Dispensei o uso de um rascunho prévio à grafite, afinal os lápis que estava utilizando eram apagáveis e não precisava ter medo de errar. Utilizei o lápis de mina cinza pra essa etapa.

Rascunho de um Superman feito com Ecole Apagável cor cinza.

A partir daí comecei a trabalhar a sobreposição de cores, e foi onde encontrei uma pequena barreira: foi um pouco difícil conseguir obter misturas de cores. Acredito eu que isso se deva em parte à quantidade de cera contida no pigmento da mina porque a cor logo ficou saturada no papel e não consegui escurecer o desenho com a gradação de cores que gostaria. A partir de um certo ponto, conforme ia tentando jogar outras cores, o lápis ficava só “patinando” no papel mas não coloria nada. :/

Tentando resolver o desenho só com cores...

Depois de tudo colorido, usei minha borracha da Mercur pra destacar os pontos de luz e aqui dá pra ver com clareza como o apagamento do lápis funciona muito bem, e muito melhor do que o da Faber-Castell, inclusive! Quando terminado o desenho, percebi que estava tudo muito homogêneo e desvalorizado com o contorno do meu rascunho em lápis cinza. Como não consegui obter uma boa definição da figura só com a gradação dos lápis, tive que lançar mão de tinta para redefinir os traços principais do desenho. 

... achei que ficou meio desvalorizado no final...


... acabei tacando tinta no contorno. :/

Dentre diversos outros testes de rascunho e pintura que efetuei com os lápis, cheguei à conclusão de que eles realmente possuem uma cor ótima e são muito bons para serem apagados, constituindo-se em um bom recurso para rascunho, colorização e acabamento, pois conferem novas possibilidades como a história de destacar a luz com a borracha. Mas pro meu estilo de desenho e colorização foi um recurso meio difícil de ser manuseado, pois costumo desenhar em formatos pequenos que exigem certa precisão e essa história do lápis saturar rapidamente faz com que eu não consiga “construir” um traço bem definido. Quando estou rascunhando gosto de rabiscar bastante e depois escurecer o traço final do meu desenho, e não consigo fazer isso com os lápis apagáveis do mesmo jeito que faço com os grafites da Koh-i-noor, Pilot, Pentel e grafites comuns, nem com os lápis da Faber-Castell, nem com os da Ebras.

De qualquer forma, acredito que vale a experiência pessoal de cada um com o material, afinal achei muito bacana saber que existe uma empresa brasileira dedicada a esse segmento no mercado. Além disso me surpreendeu a diferença de qualidade entre os lápis da Ebras e os apagáveis da Faber-Castell, sendo os da Ebras, na minha opinião, muito melhores em praticamente tudo.

A parte da gradação de cores foi algo que considerei ruim, mas para compensar esse ponto fraco no produto a linha Ecole Apagável possui uma caixa de 24 cores, o que acaba colaborando bastante pra obtenção de uma gama maior de tons para colorir, e o preço que encontrei na internet foi muito bacana também, em torno de R$ 7,00.

Aqui estão mais detalhes do Superman, bem como alguns rascunhos mais acabados que fiz com os lápis.

Clique pra ver maior. :)

Por fim, deixo vocês descobrirem as impressões da Nanika, que teve seu primeiro contato com materiais dessa natureza:

Impressões da Nanika

Como a Suco disse, não tenho hábito de desenhar usando minas coloridas. Embora eu utilize cores diferentes para fazer rafes digitais, costumo manter o bom e velho grafite em esboços analógicos. Vez ou outra me arrisco com lápis de cor normal, mas isso não ocorre com frequência.
Não tenho minas coloridas próprias pra desenho, e o máximo que fiz com as da Suco foi rabiscar umas linhas aqui e ali. Lápis de cor apagável é, ao meu ver, a proposta que mais se aproxima das dos lápis de desenho (azul e vermelho), com a diferença de que há várias cores pra usar e a possibilidade de conseguir efeitos de luz apagando uma área da massa de cor.
O primeiro contato “verdadeiro” com esse tipo de material foi gastando alguns dos lápis que a Ebras deu para a Suco. Fiz dois rascunhos para testar variação da intensidade da cor, capacidade de apagamento, resistência da ponta, apontamento, e consistência. Para isso usei páginas do meu sketch pad, de folhas brancas de gramatura 130g/m².
Os lápis foram aprovados em todos os quesitos avaliados! Considerando o material na categoria de material escolar, ele oferece muito mais do que se propõe. Não posso comparar os lápis de cor com lápis próprios para desenho, tanto pela especificidade particular de cada um, quanto pela minha inexperiência com o segundo, mas posso afirmar que gostei do material fornecido pela Ebras. 
Nane chan d(^-^ )


Imagens cedidas pela Nanika especialmente para esse bate-bola! :)

Enfim, espero que tenham gostado dessa pequena resenha, das primeiras impressões e dos testes, e que lhes seja útil na hora de adquirir materiais!

Até a próxima, pessoal! 

Rabiscando 27 - Muita coisa

sábado, 5 de outubro de 2013

... é o que tem se passado na minha cabeça nas últimas semanas. Chegou outubro, infelizmente cheio de notícias e acontecimentos desagradáveis. O infortúnio de viver o inesperado, as coisas fora dos nossos planos, é sempre um baita balde de água fria.

No meio do turbilhão de emoções que me pegou no fim dessa semana, encabeçado por uma grande frustração, uma das formas que encontrei de expressar esses sentimentos foi através de uma tirinha, muito embora não seja versada nas artes dos quadrinhos.

Um grande desabafo, no fim das contas.

Graças ao apoio que recebi dos meus amigos, Nane e Bis, e dos meus familiares, estou hoje me sentindo um pouco melhor e, como parte da tentativa de reanimar (mesmo que tudo não pareça tão grande assim aos olhos de alguns), fiz alguns rascunhos, afinal desenhar sempre me anima um bocado! :)

Estou tentando decidir com que roupa partir pra próxima jornada. :)
Alguém?

Estilo Terra Média?

Estilo exploradora?
Desculpem o desabafo, mas pelo menos tem desenho no meio! :)
Até a próxima!


Rabiscando 26 - Teen Titans

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Terça-feira... dia de postar alguma coisinha no Caixola!

Aproveitando uma onda de Teen Titans que nem eu sei de onde veio. :P

Tirando a Estelar (Starfire) que fiz num dia de pouco movimento no estágio, os outros foram rabiscados nos momentos de descanso do meu projeto de graduação.

O Engraçado é que se fosse tentar juntar todos em uma série, ia ficar estranho: a Estelar eu fiz baseada nos quadrinhos do Red Hood and the Outlawso Robin tá parecendo muito novinho e o Mutano (Beast Boy) parece mais velho do que o Robin. Hehehe.

Falta ainda coragem pra desenhar o Cyborg e estou deixando a minha favorita pro final: a Raven! :D
Ainda quero também refazer o Mutano. Esse daí tá com cara de galã... ficou estranho!