Lápis de cor apagável

domingo, 30 de junho de 2013


Isso mesmo! Não sei se é novidade pra vocês, mas eu me surpreendi quando vi. Tem um tempo já que venho observando que alguns dos artistas que acompanho utilizam um lápis de cor azul ou vermelho chamados de Col-Erase. Eles são uma linha de lápis de cores apagáveis da Prismacolor. Na descrição em inglês do site da fabricante é possível ler que os lápis têm ponta de dureza média com pigmentos que apagam facilmente, são indicados para trabalhos em progresso que precisam ser retocados como ilustrações, animações e afins.

Não preciso nem dizer que por ser Prismacolor a qualidade desse material deve ser suprema, mas minha maior curiosidade não era nem pela qualidade do pigmento em si,  mas pelo “fator apagamento”. Há algum tempo venho experimentando minas azuis e vermelhas pra desenhar. Comecei com um lápis cópia da Koh-i-noor na cor azul que meu amigo Bis me deu, passei pro grafite azul Color Eno (da Pilot), por curiosidade comprei uma lapiseira Color Eno vermelha (só porque vinha um grafite vermelho dentro - não achei a caixinha pra comprar em canto nenhum da Grande Vitória) e mais recentemente comprei uma caixa de grafites vermelhos da Pentel pra experimentar.

Todos esses grafites foram ótimos, mas todos têm algum probleminha: o lápis cópia mancha como um lápis 2B, os da Pilot são fotosensíveis e tendem a apagar com o tempo se muito expostos à luz (nunca tive nenhum dos meus desenhos apagados, mas vi uma resenha sobre isso na internet), além disso o fator apagamento com a borracha é “médio” o que compromete um pouco a arte final. Nesse sentido os da Pentel são os piores. A mina é a mais dura e mesmo rascunhando bem leve as linhas não são totalmente apagadas.

Daí, fui pra internet ver o que era possível de se encontrar no Brasil. Resultado: só existe uma loja que disponibiliza os lápis da Prismacolor. Avulso custa R$ 5,90 mas não sei se é possível escolher a cor (?), existem caixas de 12 e 24 cores mas são meio salgados os preços (R$ 56,00 a de 12 cores a de 24 não havia em estoque) e pra coroar a loja em questão é a Companhia do Papel, famosa pelos valores de cobrança do frete (nunca comprei nada lá, mas a maioria das pessoas a quem pergunto reclama disso).

Enfim, fui pro Sr. Google novamente, dessa vez pesquisando de forma mais genérica lápis de cor apagável (já que eu tinha conseguido descobrir que os Col-Erase nada mais eram do que lápis de cor) e encontrei uma linha da Faber-Castell. Foi nesse momento que clicou na minha cabeça que já tinha esbarrado por eles nas papelarias daqui. Comprei pra experimentar e vou falar sobre eles tentando fazer uma pequena resenha das primeiras experiências.


Caixa de lápis de cor apagável Faber-Castell - Linha Ecolápis

Apaga mesmo! E tudo junto assim fez um "farelo" de borracha mó bonito.

Logo de cara é possível perceber que o público-alvo dessa linha não é o que trabalha profissionalmente e sim a galerinha das escolas. A caixa brasileira recebeu a identidade gráfica dos produtos escolares da Faber-Castell, a madeira é da linha Ecolápis (de reflorestamento) e o formato é triangular (ainda preciso me acostumar com isso, porque a maioria dos meus lápis são hexagonais). A resenha em inglês já dizia que os próprios lápis lançados no exterior eram da linha escolar, a grande diferença é que os brasileiros tem uma arte diferente no corpo do lápis e os americanos tem uma borracha no bumbum dos lápis em cores que combinam com as cores das minas. De acordo com a resenha americana a borracha que vem no lápis é muito ruim, então pensando por esse lado não faz tanta diferença, já que a caixa que a gente compra por aqui vem com uma borracha “de brinde”.

No que diz respeito às cores, o site em inglês dizia que a caixa tinha tons mais puxados pra pastéis. Comparando com as caixas da Faber que tenho aqui (só coisa do arco da velha), eles são sim de pigmento mais suave, no entanto a mina é bem dura e de todos os papéis nos quais testei o melhor resultado na aparência dos pigmentos foi o obtido no papel que aparece no post (reciclado 75g/m²).


Quanto ao “fator apagamento” (a menina dos olhos dessa caixa), só tenho a dizer que me surpreendi. Quando comentei com a Nane da existência dessa linha ela foi bastante cética dizendo que todos os lápis são apagáveis, mas os meus testes com as caixas que tenho aqui provam o contrário.

Em cima usei lápis de caixas variadas da Faber tentando buscar tons parecidos
com os da caixa de apagáveis. Só o amarelo é aquarelável da Tris.

Primeiro porque como vocês podem ver na imagem abaixo, existe uma clara especificação para que sejam utilizadas borrachas sem PVC para apagar os lápis. Ao ver isso, minha primeira iniciativa foi testar o quão apagáveis eles seriam com todos os tipos de borracha que eu tenho disponíveis (foram cinco ao todo). Pra minha surpresa, nem todas as borrachas tiveram o mesmo resultado. A minha borracha favorita pra desenhar (a Lapiseira da Pentel) foi um fiasco, por exemplo, enquanto a borracha que eu mais odeio (a quadradinha da Mercur) foi ótima. Segundo que quando testei a borracha fornecida pela Faber com as caixas de lápis de outras linhas o resultado obtido não foi nem parecido com o dos lápis apagáveis.

Recomendação do fabricante. Tenho que desvendar esse diacho de borracha. :P

Testei todas elas em uma mancha de lápis da mesma cor...

... e  ficou assim.

Como complemento deixo um vídeo (muito mal feito por sinal) com trilha sonora de Guilty Gear, mostrando a coisa acontecendo em tempo real pra que tenham uma ideia mais clara de que realmente funciona.




No que diz respeito ao preço, pesquisei na internet e variava entre R$ 19,00 e R$ 22,00. Paguei R$ 21,00 em uma loja local, o que não achei tão absurdo assim dada a inovação do produto.


Avaliação final

Então de maneira geral posso dizer que o material surpreende, sim. Pensei em várias boas utilizações pra ele, como trabalhar da mesma forma quando destacamos a luz com a borracha no grafite tradicional e tudo o mais, mas depois de tentar colorir um desenho com ele ontem e testar em outros papéis, chego à conclusão de que apesar do “fator apagamento” ser chamativo pra execução de um monte de coisas bacanas, a qualidade das minas e do pigmento dos lápis deixam um pouco a desejar. Talvez no fim das contas seja mesmo só mais um apetrecho escolar.

No mais, acho que vai valer a pena pra trabalhar como um substituto pros grafites azul e vermelho, na hora de fazer uma arte final direto por cima do rascunho, sem processos de digitalização ou mesa de luz, já que eles apagam bem (quase totalmente). Valeu a curiosidade, mas vou ficar aguardando uma oportunidade de por as mãos nos Prismacolor pra ver como são! :)

Se alguém quiser se aventurar por outros caminhos, procurando um pouco mais vi na Companhia do Papel que existe uma linha da Staedtler que é, inclusive, mais barata do que a da Faber-Castell. Tem disponível também em 12 cores e 24 cores.

E essa foi a minha grande experiência da semana. Não deu pra postar ontem porque eu tava lá na casa da Nane (:P) mas cá estamos nós hoje cumprindo o prometido de duas postagens por semana. Nos vemos lá pelo meio da próxima agora! Até!

Boas referências

terça-feira, 25 de junho de 2013

"Um perfil para a todos governar, Um perfil para encontrá-los"

Já comentei com vocês que estou no Pinterest, certo? Mas vocês sabem como funciona essa rede social? Basicamente: 
"Pinterest é uma rede social de compartilhamento de fotos. Assemelha-se a um quadro de inspirações, onde os usuários podem compartilhar e gerenciar imagens temáticas, como de jogos, de hobbies, de roupas, de perfumes, etc. Cada usuário pode compartilhar suas imagens, recompartilhar as de outros utilizadores e colocá-las em suas coleções ou quadros (boards), além de poder comentar e realizar outras ações disponibilizadas pelo site. Para que os usuários possam interagir de uma forma mais ampla com outras comunidades, o site é afiliado com o Twitter e Facebook."
Fonte: Wikipédia 

Mas essa paródia que faço do poema de O Senhor dos Anéis é só pra apresentar pra vocês um perfil que encontrei lá há algumas semanas que é parece um pedaço do céu na internet pra qualquer pessoa em busca de referências para desenhar, criar um personagem, ou simplesmente apreciar boas artes conceituais.

Trata-se do Character Design References, que coleciona em seus aproximadamente 130 painéis, mais de 14.000 imagens de referência para desenho de cabeças, mãos, pés, cabelos, homens, mulheres, animais, personagens antropomórficos e muito mais. Poderia ficar aqui listando pra vocês, mas vale muito mais a pena que visitem o perfil e se deliciem por conta própria.


Toda vez que entro aí fico morrendo de vontade de desenhar. Muitas vezes acabo acessando o Pinterest no trabalho pra buscar alguma referência de logotipo, cores ou impressos, e isso acaba ferrando a minha jornada toda, porque fico com a cabeça lá nas imagens fantásticas que enchem o meu feed. :)

Espero que apreciem a dica e aproveitem bastante!

Até a próxima!

Colorização Digital no Photoshop - Pintura II

sábado, 22 de junho de 2013


E o post desse sábado do Caixola entrou em ritmo de “antes tarde do que nunca”. Ontem fiquei presa no trabalho até mais tarde e isso acabou alterando toda a minha programação do fim de semana. Mas já que o post tá aqui, mesmo que atrasado, vamos dar continuidade ao que pretendo que seja o capítulo final nessa série de discussões sobre meus métodos de produção digital. Vamos continuar falando sobre pintura só que dessa vez falarei sobre a técnica de cell shading, que tem um resultado mais parecido com vetorial e animação. Vamos nessa!

Como dito no post anterior o esquema começa basicamente da mesma forma. Lineart em uma  camada transparente separada, acima das suas camadas de cor chapada (flat).

Lineart + flats: Nesse caso, é legal ter todas as cores em uma camada só. :)

A diferença aqui é que você não precisará se preocupar em fazer passagens gradativas de tons com pincéis “macios”. A gente pega um pincél redondo, duro mesmo, pode ser até sem a pressão da caneta ligada, e vai marcando as áreas de sombra em preto. A camada na qual você estiver fazendo a sombra deve ficar com opacidade de 30%.

Primeira camada de sombra.

Quando tiver terminado de colocar a sombra básica do desenho, é possível criar outros pontos de sombra adicionando mais camadas com opacidades variadas. Lembrando que a baixa opacidade das camadas se torna acumulativa, então se eu tiver duas camadas de sombra de opacidade 30% com áreas sobrepostas, terei uma sombra com 60% de opacidade.

Segunda camada de sombra.

Na hora que achar que está bom de sombra, vamos fazer a luz. É agora que tem um pulo do gato que dá um toque todo especial de “brilho” nessa técnica. Você precisa, nesse momento, carregar a seleção das camadas de cor chapadas e em seguida subtrair dessa seleção as áreas de sombra que você já criou. Lembrando que para carregar a seleção da camada de cor basta segurar a tecla CTRL e clicar com o botão esquerdo do mouse sobre a miniatura da camada na janela de camadas. Logo em seguida, para subtrair a área de sombra, basta segurar as teclas CTRL e ALT juntas, e clicar sobre a miniatura de cada uma das camadas criadas para sombra. O resultado é essa aparente bagunça nas imagens a seguir:

Carregada a seleção de toda a área de cor do desenho.

Subtração das áreas de sombra.

Por fim, vamos criar uma nova camada acima de todas, e preencher somente a área dessa seleção que obtivemos a partir do processo anterior com um “amarelo creme”. Fica estranho no começo, e por isso precisamos mudar algumas opções de visibilidade dessa camada. Primeiro vamos mudar o modo de mistura dela de Normal para Overlay (Sobrepor), depois vamos baixar a opacidade para 30% também. Vai ficar assim:

Áreas de luz preenchidas com o" amarelo creme".

Reduzimos a opacidade pra 30% e o modo de mesclagem fica em overlay. :)

E do mesmo modo que fizemos picos de sombra colocando outra(s) camada(s) por cima da primeira, podemos fazer picos de luz. Criamos outra camada em Overlay, com 30% de opacidade, e com o mesmo amarelo e o pincél da preferência criamos os pontos de maior luz no desenho. Valorizando algumas áreas, como o cabelo e a armadura no meu desenho, por exemplo.

Agora sim! :D

Embora já tenha disponibilizado screenshots de todos os passos, vou colocar mais uma vez o gif animado do processo. Atenção, Nane! A imagem se mexe! Melhor avisar, porque ela quase teve um ataque do coração na última vez... XD


Uma coisa bastante pessoal que eu gostaria de falar é que esse método de pintura me parece bem mais rápido e sinto que quando pinto desse jeito tenho uma melhor noção de sombreamento. Talvez porque eu me preocupe menos com a tonalidade das cores e mais com o posicionamento da sombra mesmo.

Outra coisa bacana é poder mesclar as duas técnicas, usando sombras pretas mas que explorem uma passagem gradativa da sombra pra área de luz. Isso pode ser feito usando um pincél macio ou até mesmo borrando na passagem da sombra pra cor com a ferramenta de borrar (smudge tool). Era mais ou menos o que eu estava fazendo nesse desenho que nunca terminei.

Um desenho de Resident Evil que comecei entre o fim do ano passado e o início desse. ^^

Gente, sinto que com isso contei tudo que eu podia sobre o meu processo de criação digital. Se surgirem dúvidas, quiserem perguntar qualquer coisa, ou pedir ajuda pra qualquer um dos passos que não tenham compreendido a partir da descrição no tutorial, fiquem a vontade pra usar os comentários. Ficarei muito contente em poder continuar ajudando, compartilhando o pouco que sei.

Aos que estão acompanhando essa série desde o começo, tiveram que esperar um bocado pela conclusão, mas ela apareceu, enfim! Obrigada a todos por continuarem acompanhando pacientemente e espero que tenham gostado. :D

Abraços e até a próxima!




Postagens relacionadas
  1. O início
  2. Pinceis
  3. Rascunho
  4. Lineart
  5. Cores - Soft Shading
  6. Cores - Cell Shading

Novos materiais

terça-feira, 18 de junho de 2013

Postagem extraordinária, só pra aproveitar que a coisa ainda tá fresca. Mais uma compra bem sucedida feita na ArtCamargo. Decidi aumentar minhas opções de marcadores adquirindo um estojo novo da Magic Color. Dessa vez foram as Cores Intermediárias I (Ref.: 642).

Lista das cores e referências: (1408) verde garrafa, (1410) oliva, (1109) mostarda, (1305) lilás, (1306) azul celeste, (1505) ocre, (1508) ferrugem, (1107) pele-skin, (1105) melão-melon, (1210) bordô, (1206) escarlate e (1209) magenta.

Aproveitei que ia pedir alguma coisa, e acresci à lista outros itens pra justificar o pagamento do frete. Estava com vontade de experimentar aquarelas em pastilha, então comprei um estojo com 18 tabletes bem baratinho.

Não me perguntem a marca... nem me interessei por isso. Meu negócio é experimentar!

Por fim, desde que (re)comecei a pintar com aquarela e descobri que existem pincéis apropriados pra esse fim, fiquei com essa pulga atrás da orelha. A Nanika disse que encontrou pincéis especiais aqui pela Grande Vitória, mas achei meio caro. Pesquisando na ArtCamargo esbarrei nesses sintéticos da Keramik, muito bonitos por sinal. Comprei dois: o menor e o maior.

Esse formato diferenciado do cabo é muito confortável! :D

Mais uma vez a compra veio muito bem embrulhada e chegou até antes do prazo previsto de três dias úteis, visto que postaram na sexta e na segunda feira o pacote já havia sido entregue. Estou contente e doida pra experimentar as novidades!

Tão logo eu faça algo com esses materiais postarei aqui ou no deviantART!

Até a próxima!

Temas aleatórios

Mais uma vez na tentativa de fugir um pouco da mesmice, resolvi experimentar umas composições novas em formato A5, tentando visar uma maior, e não necessariamente melhor, utilização da página. :P Além disso, adotei umas temáticas aleatórias pra me forçar a ir atrás de novas referências e desenhar coisas diferentes. Os resultados foram esses desenhos que vou mostrar a seguir.

Procurado: Billy The Kid
Mesmo correndo o risco de parecer ridícula sendo extremamente literal com o nome desse personagem histórico, fui inspirada a fazer esse desenho pelo fofo do meu sobrinho, Nicholas. Ele já está com seis meses e começando aquela fase de não querer ficar quieto com a chupeta. Quando ele não tira a bendita da boca pra jogar no chão ou balbuciar qualquer "dá dá dá", ele pega a chupetinha e põe de lado no canto da boca e fica um misto de malvadinho com fofinho! Quis testar uma coisa que ficasse parecida com um poster de procurado, usando o espaço da página pra compor também letreiramento. Foi legal exercitar o uso da tinta no desenho.

Billy The Kid - Grafite Pentel vermelho 0.7mm no sketchbook Neon Azul da Tilibra.
Foi escaneado em 1200 dpi e tratado pra ficar assim. ^^

Orgulho Americano
Viajando nas temáticas, resolvi fazer uma composição espacial. Estava pensando em um extra terrestre, depois fui pra astronauta, aí lembrei do Neil Armstrong e resolvi fazer uma homenagem a algo que eu nem dou tanto valor assim: a corrida espacial! XD Enfim, como o tema era espacial fui usando a tinta dessa vez no fundo e o resto foi com cor mesmo. Ficou assim:

Orgulho Americano - Grafite Pentel vermelho 0.7mm num corte de papel A5
que encontrei jogado aqui em casa há algum tempo. :P
Usei nanquim, marcadores e caneta gel.

Espero que gostem e até a próxima!

Colorização Digital no Photoshop - Pintura I

sábado, 15 de junho de 2013


Quando o assunto é pintura no meio digital, tenho dois processos diferentes mas que começam basicamente da mesma maneira. Depois de ter sua lineart preparada em uma camada separada, o esquema é criar novas camadas uma para cada elemento (cabelo, pele, olhos e afins) e preencher com cores chapadas. Chamo essa etapa de flats (que significa plano ou chato em inglês). Ela é muito importante porque além de definir as cores básicas do seu desenho ajuda também a definir limites que serão úteis mais tarde na hora de acrescentar volumes (luz e sombra). O modo como você vai fazer as camadas chapadas fica a seu critério: o que for mais prático. Costumo sempre trabalhar com a mesa digitalizadora mesmo, mas se o intuito for trabalhar com maior rapidez e se você tiver prática com as ferramentas do Photoshop, pode optar por selecionar a área que quer preencher. É bem mais rápido.

Aqui vocês podem ver minhas camadas de cor sem a lineart.

A partir daí, defino qual vai ser o ponto de luz (pode existir mais de um, depende do seu desenho) e vou trabalhando as áreas de luz e sombra. No caso do meu desenho o foco de luz único é a tocha que o Wilson segura na sua mão esquerda, então toda a luz do desenho sai dela. Chegamos ao ponto que meu processo pode tomar dois rumos: o primeiro chamo de soft shading (sombreamento suave), o outro chamo de cell shading (não saberia traduzir isso porque é algo que eu herdei do que vejo online, mas basicamente é um sombreamento mais característico de coisas de animação). Hoje vou falar mais sobre o soft shading, depois mostro o cell shading.

Pra pintar assim procuro utilizar pincéis com dureza zero e a opção transparência configurada para pressão da caneta. Vou selecionando a paleta de cores gradativamente conforme adiciono tons mais escuros e mais claros do que a minha cor básica, sempre tentando montar as amostras em uma camada diferente. Curiosamente, no desenho do Don’t Starve não criei essa paleta porque estava testando trabalhar de uma forma diferente, mas aqui está um exemplo disso em um projeto antigo que eu larguei.


Cada efeito novo que pretendo adicionar, procuro também criar uma nova camada. Isso sempre varia um pouco de acordo com a minha segurança pra realizar um determinado efeito ou não, mas vai de acordo com a prática de cada um. Pra esse desenho do Don’t Starve, criei no máximo duas camadas pra cada parte do Wilson. As chamei de render que segundo o dicionário informal é o processo pelo qual se obtém um produto final no meio digital (nesse caso, o sombreamento do desenho XD). Dependendo de como fica a mistura de cores, uso a ferramenta de borrar (smudge tool), mas isso é raro desde que aprendi sobre a transferência.

O desenho com todas as camadas ativadas menos a lineart.
Aqui dá pra ter uma noção da forma como trabalho as camadas separadas.

Agora, sobre a importância das camadas chapadas... dependendo do seu estilo é meio chato ficar se contendo pra fazer as coisas caberem no espaço. O bom mesmo é sair pintando tudo com bastante vontade e borrar bastante! Hehehe! Pra quem, como eu, acha que isso é importante e legal, mas acha chato ficar apagando o borrão depois fica a dica: você pode pintar livremente usando o recurso de carregar a seleção das camadas chapadas pra evitar que o desenho fique todo borrado. Carregar a seleção de uma camada é fácil, basta segurar a tecla CTRL e clicar na miniatura dela na aba de camadas.



Por fim, vou deixar um gif com o passo a passo das camadas de cores do Wilson, pra que possam ter uma noção mais clara da importância e utilização das camadas.


Espero que tenham gostado e na próxima postagem falarei sobre o cell shading. Aguardem!




Postagens relacionadas
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  2. Pinceis
  3. Rascunho
  4. Lineart
  5. Cores - Soft Shading
  6. Cores - Cell Shading

Brincando com formas

terça-feira, 11 de junho de 2013

Por conta de uma gripe brava que peguei semana passada, não teve postagem do Caixola no sábado. Mas hoje já estou de volta, trazendo um rascunho que fiz no fim de semana!

Resolvi brincar um pouco com formas e tentar desenhar algo fora da minha construção de anatomia básica. O resultado foi esse  carinha aí embaixo. Estava chamando ele de viking, mas meu irmão mais novo achou que tem mais cara de anão, então já nem sei mais. Chamem como quiserem! :P




Até a próxima!

Don't Starve - Fanart

terça-feira, 4 de junho de 2013

Don't Starve é um jogo para computador no qual seu principal objetivo é a sobrevivência de Wilson, um cientista que foi transportado por uma entidade maligna para um mundo distorcido e obscuro!

Há mais ou menos um mês atrás estava viciadíssima nesse jogo. Agora já me acalmei um pouco, mas no furor do vício, quis prestar minha homenagem à Klei (produtora) tentando recriar com meu traço um pouco do clima vivenciado no jogo. :)



Mais uma vez estava experimentando um monte de coisas: desenhar algum fundo, personagem em uma pose com maior gestual, entre outros aspectos.

Espero que tenham gostado e até a próxima!

Bomberman

sábado, 1 de junho de 2013

Por conta de um fim de semana atípico, com o feriado no meio da semana e tal, me enrolei com as postagens do Caixola e não tive tempo de preparar mais post sobre a colorização no Photoshop. Mas como faz parte de um projeto de vida não deixar o Caixola sem duas postagens semanais, vou mostrar um desenho que fiz no início do ano que foi pro meu deviantART, mas não veio pra cá porque o blog tava "abandonado".

Um dia desses nas férias de verão, fui pra casa do meu amigo desenhar. Conversa vai, conversa vem, quando percebi já estava com um rascunho pronto do Bomberman. Sempre tenho muita dificuldade de desenhar perto de outras pessoas, mas nesse dia a coisa fluiu porque enquanto conversávamos cada um estava mexendo no seu próprio desenho e consegui ficar menos tímida.

Terminando de marcar os pontos de luz e sombra no rascunho.

Meu amigo se empolgou que eu finalizasse o desenho com nanquim e marcadores em papel diferenciado, usando sua mesa de luz pra que não prejudicasse o rascunho original. Foi um monte de primeira vez pra mim nessa experiência: Primeira vez desenhando em papel couchê, colorindo com marcadores Prismacolor, usando a mesa de luz, sendo assistida no processo e sendo gravada!

Escolhendo a paleta de cores já no papel couchê pra ver como a tinta se comporta.

Como diz o ditado "quem tá na chuva é pra se molhar", já que tinha gravado o vídeo da Joyce finalizando o desenho, resolvi fazer uma edição e subir na minha conta do YouTube. E o resultado é esse:


Peço que me desculpem pela ausência de legendas em português, mas quando editei o vídeo não tinha a intenção de publicar ele no Caixola, e o público que me segue no deviantART é principalmente estrangeiro, então fazia mais sentido editar em inglês.

Tudo colorido... vamos assinar a arte e... PRONTO!

E um último comparativo entre rascunho e arte final.

Muito embora eu seja muito tímida e não goste de aparecer muito em vídeos e fotos, gostei da experiência! Foi bastante divertido e rimos muito, principalmente quando eu colori de azul escuro a parte que deveria ser azul clara no peito do Bomberman.

Espero que tenham gostado do post e não se preocupem, isso é só uma pausa nas coisas sobre colorização no Photoshop! Semana que vem a gente volta a discutir.

Abraços e até a próxima!