Bloqueio de fim de ano e mais

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Na última sexta-feira as federais entraram oficialmente em recesso, mas isso infelizmente não afeta absolutamente em nada a minha vida. Desde o início desse mês que me sinto estressada e não consigo produzir absolutamente nada, nem pros meus estudos de desenho, muito menos pro meu projeto de graduação. O negócio tá tão ruim que tenho me sentido muito aborrecida, porque senti que me afastei de tudo que eu estava apreciando ao ponto que nem emails ando respondendo direito.

O que resolvi fazer então foi assumir de vez o problema e dar um tempo pra ver se recobro as energias. Estou procurando ver filmes, passar mais tempo com minha família, jogar mais videogames… até instalei de novo no meu computador Batman: Arkham Asylum, um jogo que eu estava esperando comprar placa de vídeo pra jogar, mas a vontade de dar replay nele foi tanta que não aguentei esperar! Hehehe.

De qualquer modo, estamos aí às vésperas das festas de fim de ano e, muito embora meu ano tenha sido tenebroso em alguns aspectos da minha vida de estudante e profissional, considero que foi um ano muito produtivo artisticamente, o que contribui (ou pode vir a contribuir) em muito com a minha vida profissional a médio e longo prazo.

Daí que eu preparei de novo aquele mini template com o que foi produzido ao longo do ano, e deixo pra vocês com um pequeno resumo da ópera:


No início desse ano, motivada pela disciplina de desenho da figura humana que fiz, comecei a experimentar mais com mídias tradicionais, e isso foi a porta de entrada para um ano muito mais tradicional do que digital pela primeira vez em muito tempo!

Janeiro - Vega: estava experimentando grafites e tinta de caneta (não necessariamente nanquim).
Fevereiro - Chris Redfield: primeira experiência de pintura com meus próprios marcadores da Magic Color (já tinha experimentado marcadores antes na casa do meu amigo Bis).
Março - Fei Long: ainda estava bastante empolgada com acabamento e lineart digital, e fiz esse desenho durante um episódio dos JoGees.
Abril - Pocahontas: peguei o DVD emprestado com meu amigo Bis e fiquei apaixonada por mais um filme da Disney. Esse rascunho foi inspirado pela música “Can you paint with all the colors of the wind?”. Baixei a trilha sonora e ouvi tanto de lá pra cá que acho que já decorei quase todas! XD
Maio - Wilson: nessa época estava procurando um jogo para ser objeto do meu projeto de graduação, e comecei a jogar Don’t Starve pois ia utilizá-lo nos testes com as pessoas. Acabei me viciando no jogo.
Junho - Olaf: tentando ir para um lado mais cartum e explorando a criação de personagens com formas, o Olaf apareceu.
Julho - Caneca: meu irmão me “contratou” para fazer uma ilustração personalizada para dar de presente em uma caneca para sua professora.
Agosto - Vegeta: fiz a pior compra de materiais do ano (pelo menos eu considero). Marcadores a base de água nunca mais.
Setembro - Úrsula: assisti (de novo) A Pequena Sereia, e pra inaugurar a recém comprada Wacom Intuos 3, fiz esse estudo.
Outubro - Inktober/Rodentia: desempregada e com tempo de sobra, me dediquei bastante pra produção diária de desenhos com tinta para o evento Inktober, de onde surgiu o projeto Rodentia.
Novembro - Mãe e Bebê: retomando as tentativas de desenhar em estilo cartum e tentando voltar um pouco pro digital.
Dezembro - Scooby-Doo: o mesmo de cima! :D

Esse ano eu prometi uma série de mudanças pro Caixola, que ainda não aconteceram, mas que não foram abandonadas por completo ainda. Estou esperando estar menos “amarrada” (e enquanto eu estiver fazendo projeto de graduação vou me sentir “amarrada”) pra poder fazer tudo com calma. Mas uma coisa nova eu fiz, que não estava nos planos antes. O Caixola agora tem um e-mail de contato, quem quiser/precisar, pode mandar e-mail, ao invés de só deixar comentário. O endereço de contato é: contatocaixola@gmail.com.

Então, caros leitores, com esse post dou por encerrado o ano produtivo do Caixola. Qualquer coisa que apareça daqui até o dia 31 de janeiro será postagem extraordinária!

Gostaria de encerrar esse post com agradecimentos: a todos os mais antigos seguidores, que continuam me acompanhando com entusiasmo; e aos novos seguidores, que demonstraram disposição em ler todas as besteiras que escrevo! Muito obrigada, pessoal!

Que todos tenham um ótimo fim de ano, e que 2014 possa ser um ano brilhante para todos!

Abraços!

Mistério S.A reimaginada

sábado, 14 de dezembro de 2013

Hoje vou contar um pouco das minhas recentes tentativas de diversificar habilidades em ilustração. Já faz algum tempo que tenho buscado referências em traços cartuns e típicos de animações, e há algumas semanas encontrei um artista que me inspirou bastante através de uma série de vídeos nos quais ele cria personagens a partir de formas.

O artista em questão se chama Luigi Lucarelli e o conheci graças à iniciativa de publicação de um livro chamado Masters of Anatomy, que está reunindo vários artistas para discutir anatomia humana em diversos estilos, do realismo ao cartum, passando inclusive pela fotografia. :D


Vídeos do artista Luigi Lucarelli que usei como referência.

Daí fui tentar rabiscar tentando sair um pouco da minha zona de conforto, e o resultado foi um estudo do qual gostei muito.

Primeiro desenho feito. Estou chamando de Mamãe e Bebê, por razões óbvias. XD

Mas aí depois que fiz esse desenho fiquei um pouco bloqueada pra criação e nesse caso não há nada melhor do que praticar tentando fazer um fanart ou um exercício de releitura de personagens. Escolhi a turma da Mistério S.A do Scooby-doo, pois na ocasião em que fiz esses desenhos estava assistindo quase todos os dias o desenho. ^^"


Comecei com o Salsicha...

... passei pra Daphne...

... depois foi a vez do Fred...

... por fim a Velma.

E a galera alinhada, como um comparativo de alturas, proporções e formas.
Preciso exercitar mais essa coisa! ^^

Ficou faltando o Scooby, mas sinceramente, me deu um pouco de preguiça de tentar desenhar um cachorro. Se eu quiser encarar esse desafio, cairei no mesmo processo dos ratos, e vai dar um trabalho que no momento não estou tão disposta a fazer. :P

Uma hora quem sabe, né?

Por hoje é isso. Até a próxima!

Estelar

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Oi pessoal! Mais de dez dias sem postar nada, então é hora de fazer alguma atualização pra que vocês não achem que estou morta, hehe!

Lembram desse desenho dos Jovens Titãs que fiz há um tempo atrás?



Pois é, um deles foi retrabalhado, e quem está de olho no meu Instagram já pôde ver os resultados fotografados. Mas hoje vou fazer upload das outras versões digitalizadas, espero que gostem! :)


Fiz essa versão colorida com lápis de cor da Faber-Castell, com o objetivo de estrear uma caixa de 48 cores que ganhei de presente do meu amigo, Bis! <3


Esse segundo fiz como submissão para um dos dias do Inktober. Trabalhei o desenho com nanquim escolar Acrilex, aplicado com pincel Condor 409, tamanho 00 da linha Toray. Os respingos fiz com aguadas do mesmo nanquim, mas com um pincel Condor 411 também da linha Toray. O tamanho não sei, porque está bem apagado... ^^"

Não tenho muita prática no manuseio de tinta e pincel, mas sempre gosto da experiência, mesmo que não fique um primor! :P

Por fim, Joyce postando pouco, significa Joyce com pouco tempo disponível e/ou produzindo pouco, então até a próxima, não posso dizer exatamente quando! 

Sketchbook A6 e aquarela

sexta-feira, 22 de novembro de 2013


Dando um tempo nos ratinhos, hoje vou contar sobre minhas recentes experiências com aquarela.

Há mais ou menos duas semanas atrás, ganhei do meu amigo Bis um sketchbook da Canson no formato A6. O caderno é acabado com costura, super flexível e contém 24 folhas de gramatura 90g/m². Eu fiquei tão feliz, o caderno é tão legal, que fiquei pensando coisas como: “poxa, só posso desenhar coisas legais nesse caderno!”, ou  “preciso aproveitar todas as folhas e todos os espaços”, ou ainda “legal, vou poder fazer novas experiências usando duas páginas e ver o que sai, e blá blá!”.

Enfim, passou-se uma semana inteira sem que eu rabiscasse qualquer coisa no caderno e aquilo começou a me deixar com a mão coçando, até que decidi fazer algo, nem que fosse uma folha de identificação. E foi exatamente isso que fiz!

Começou assim: escolhi mais ou menos o espaço que ia usar pra desenhar, e decidi que ia colocar meu número de celular, pro caso de perder o caderno. Daí fiz uma colagem de um pedaço de folha de caderno na página do sketchbook, e no espaço que ia desenhar fiz uma composição entre desenho e tipografia. :) O desenho das letras não é de minha autoria. Eu copiei uma tipografia da internet ^^"



A princípio eu queria trabalhar essa página toda com nanquim, mas aí me deu uma nostalgia maluca e resolvi trabalhar tudo com aquarela. Bom, era a primeira página do caderno, então precisei tomar medidas de precaução pra não estragar tudo. Prendi o caderno na minha prancheta com fita crepe (o miolo e a capa também, pra que não ficasse me atrapalhando), depois isolei as outras páginas com uma folha de rascunho, que também prendi com fita crepe. Daí, sem dó nem piedade, taquei tinta aquarela no caderno! Primeiro um pouco de marrom pra dar um tom diferenciado no fundo, e depois de seco, comecei a fazer os contornos dos meus desenhos com caneta nanquim.



Fui intercalando o trabalho de uma coisa e outra, pra dar tempo de tudo secar. Quando terminei as jujubinhas saltitantes em cima, pintei a caneta nanquim embaixo, e só quando ela secou passei para o preenchimento das letras.



Depois pintei as jujubinhas, resolvi escurecer um pouco mais o fundo e voilá. Ficou assim.



Ter brincado com aquarela de novo pra esse projeto me deixou muito animada pra fazer outros desenhos. Esse do sketchbook eu fiz na quinta-feira (véspera do feriado) e acabou que voltei a pintar com aquarela na sexta, no sábado e também no domingo. Os resultados foram esses desenhos aí:




Todos foram feitos em papel reciclado de 75g/m².

Ainda tenho muito que aprender sobre aquarela, mas é uma técnica que me diverte tanto! Não me importo nem um pouco em passar algumas horas em um rascunho desse tamanhinho, porque é muito, muito gostoso! :)

Enfim, espero que tenham gostado e até a próxima!

Os ratos - processo criativo

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O processo de criação dos ratinhos está sendo um trabalho bastante complexo. Digo que ainda está sendo, pois os desenhos que tenho agora são só early concepts (ou conceitos iniciais), como dizem no meio de concept art (arte conceitual). Ainda não tem nada definido do aspecto visual dos ratos, ainda não me sinto 100% confiante na minha representação da espécie e das subespécies, ainda não sei se todos os personagens serão assim, etc.

Criar o primeiro ratinho não foi tarefa fácil também. Pra começo de conversa acho que nunca tinha desenhado um rato de verdade, nem de observação. Então a primeira dificuldade que encontrei foi saber como era um rato. Foi aí que cheguei à conclusão de que a primeira coisa que deveria fazer era tentar desenhar um. Fui no Google, pesquisei por hamsters (porque fiquei com medo do que encontraria sobre ratos nos resultados das pesquisas), escolhi uma imagem qualquer e fiz um desenho de observação.

Não ficou necessariamente bom, mas deu pro gasto e foi legal!

É claro que um estudo só não seria o suficiente pra que eu me tornasse uma expert em ratos, mas me deu a clara noção dos desafios que enfrentaria pra poder criar meus personagens. Meu segundo passo foi pensar: qual tipo de antropomorfização a minha história irá seguir? É nessa hora que a gente tenta vasculhar a memória em busca de todas as histórias que já tenhamos assistido que tivesse um rato antropomorfizado. Facilmente me vieram à mente: Mickey Mouse, Tom & Jerry, Bernardo e Bianca e O Ratinho Detetive. 

Aqui já é possível perceber diversos níveis de antropomorfização nos personagens.

Pra minha sorte existe aquele perfil do Pinterest (Character Design References), e nele um painel dedicado somente aos personagens antropomórficos, então não só encontrei referências e model sheets dos personagens dessas histórias que falei, como vários outros concepts de ratos e demais bichos que pudessem ser interessantes. Fiz então um painel pra mim, com as referências que achei mais legais sobre ratos e roedores antropomorfizados.

É sempre bom poder olhar como outros artistas conseguiram resolver um determinado problema de desenho. No caso da antropomorfização dos ratos, pude ter uma noção do nível de abstração da forma animal rumo à forma humana, ou o quanto se mantém a forma animal, mesmo diante de comportamentos humanos, e em casos nos quais os ratos tinham roupas, deu pra ver como as peças se comportam no animal, por exemplo. Essa parte da pesquisa é sempre muito rica e inspiradora!

Mais variações na antropomorfização. Esse tipo de pesquisa deixa a mente bombando
de ideias! Para acessar minha coleção podem clicar aqui!

Outra peça fundamental da minha história são as armas, armaduras e roupas. Tenho tentado desenvolver elementos exclusivos, que confiram uma identidade aos meus designs de personagem para essa história, mas por ser também uma história de fantasia, ambientada em um estilo Terra Média, ou qualquer coisa Medieval, não poderiam faltar túnicas, espadas, armaduras, cajados. Mais uma vez recorri ao Pinterest, e fiz uma coleção de referências visuais para essas peças de vestuário. Ainda tenho muita dificuldade pra desenhar esses elementos, mas aos poucos, com muito exercício, tenho certeza que vou desenvolver melhor esse lado.

Referências de armaduras. A minha coleção pode ser vista aqui, mas tem esse outro painél que sigo com uma riqueza muito grande de imagens!

Mas só olhar o que outros artistas haviam feito pode parecer um pouco de comodismo. Além disso, de certo modo é muito melhor que você mesmo tenha poder de observar o objeto de estudo e tirar também suas próprias conclusões pra resolver seus desenhos pois é assim que o aprendizado ocorre da melhor maneira. Bom, não sou das maiores fãs de ratos. Nunca tive coragem nem de pegar um hamster na mão. Então com certeza não compraria um rato ou hamster, no máximo compraria um porquinho da índia! XD 

Seria ótimo se eu tivesse um bichinho pra ficar observando os movimentos, as manias, como ele come, senta, e tudo o mais, mas não tenho tempo, nem paciência, nem recursos financeiros pra cuidar de bicho no momento, então foi hora de visitar o Google mais uma vez, afinal a internet tá aí pra isso, né?

Achei um site desses tipo banco de imagens, procurei por ratos e montei no meu perfil do Pinterest um painel só com imagens de ratos, visando reunir fotos com exemplos de cores de pelagem, posições diferentes da cabeça e do corpo: em pé, sentado, preso à alguma coisa, se relacionando com um objeto ou com outro rato, etc. Dessa forma, tenho referências visuais reais (fotos) e idealizadas (desenhos e personagens) para me ajudar a resolver os meus desenhos.

Tem um monte de ratinhos fofinhos. Acessem o painél aqui :P

Acham que acabou por aí? Naaaaaada! Esses dias já descobri outra animação que tem ratos como personagens principais: O Corajoso Ratinho Despereaux! Próximo passo: fazer laboratório com esse filme, hehehe! Assisti, procurei arte dele na internet, enfim, estou me inspirando e procurando elementos, poses interessantes que possam me ajudar a desenvolver melhor os meus próprios desenhos, até chegar em algo que eu ache que representa bem o que estou procurando pra minha história!

Character designs para o filme O Corajoso Ratinho Despereaux, do artista Alexei Nechytaylo.

O que eu acho de mais legal nisso tudo é que tenho motivos de sobra pra estudar um bocado de coisas, e tentar continuar adentrando em terras desconhecidas! Espero conseguir me desenvolver muito com esse projeto e que ele continue prosperando bastante.

Curiosidades finais:
  1. Pesquisando imagens de ratos na internet descobri que os bandidinhos podem ser extremamente fofos. Acho que tenho uma imagem ruim e preconceituosa desse animalzinho, mas ainda assim não teria um de estimação! Hehehe.
  2. Dois dias depois que fiz esboço do texto desse post, o artista Will Terrell publicou um vídeo no YouTube muito esclarecedor sobre a criação de desenhos com referências. Percebi que o meu processo criativo tem algo do que ele considera ideal, mas ainda está longe de ser igual ao que ele relatou. ^^” Deixo o vídeo como bônus pra vocês. :)


Bom, é isso! Esse é basicamente o caminho que percorro nas minhas criações. Espero que possa ajuda-los a trilhar o seu próprio caminho! Qualquer dúvida, adição, os comentários estão em aberto!

Adição: Seguindo a sugestão da Nane (Cappuccino com Nane chan), deixo aqui o link para acesso à galeria dos personagens que criei.

Galeria de Rodentia

Até a próxima.

Inktober - Os ratos

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Acho que não tenho como negar que de toda a minha produção para o Inktober, o grande expoente parece ter sido a série de desenhos sobre os ratos. Como já disse no post anterior, o exercício de criar algo novo todos os dias foi um desafio muito grande, e uma das minhas maiores felicidades foi ter conseguido encontrar uma linha para seguir no processo criativo. O mais engraçado é que isso aconteceu de repente.

O primeiro ratinho surgiu a partir da união de uma série de coisas que me inspiraram: primeiro eu tinha acabado de rever o filme O Reino Escondido; segundo tinha acabado de encontrar um artista cujo trabalho é muito bacana, chamado Danny Beck (sigam esse cara!), que é apaixonado por desenhos de armaduras, hamsters e monstros; terceiro que há muito tempo tenho vontade de melhorar minha criação de personagens antropomórficos; quarto que sou apaixonada por mundos miniatura; e por último mas não menos importante, gosto de histórias de fantasia!

Uma das artes de Danny Beck - Red Squirrel Rider

Foi então que pensei: por que não juntar tudo isso numa coisa só? E daí surgiu o ratinho cavaleiro. Os demais foram consequência de muito brainstorm tentando ligar um personagem ao outro no que poderia ser uma história. Pensamentos como “o que o ratinho cavaleiro poderia proteger”, “quem seriam seus alidados e seus inimigos”, e por aí foi.

O ratinho cavaleiro - primeiro da série criado para o Inktober

Estou procurando amadurecer as relações entre os personagens e buscando referências para dar mais corpo à minha história. Enquanto isso não acontece, deixo vocês com a coletânea de estudos desenvolvidos até agora, parte deles ainda para o Inktober e outros de cor que fiz nos últimos dias para alguns dos personagens principais. Fiz upload de tudo digitalizado lá no meu deviantART, e agrupei tudo em uma galeria especial.

Primeiro estudo de logo que fiz para o projeto.

No próximo post, vou falar sobre o processo de criação dos ratinhos: pesquisas, referências e inspirações! Aguardem!

Até a próxima!

Rabiscando 30 - Lenhador

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Continuo tentando desenhar diariamente, mesmo que não seja no projeto dos ratos ou tradicionalmente. Hoje foi isso aí que saiu. :P


Rabiscando 29

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Um estudo que tomou mais tempo do que pretendia. Estou tentando marchar em terras desconhecidas, explorando outras possibilidades no digital e considero esse estudo um bocado fora da minha zona de conforto. Não podem me culpar por não tentar, pelo menos! :)




Sketch concept by ~joysuko on deviantART

Rabiscando 28

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Não tem como negar que 2013 tem sido pra mim um ano de mídias tradicionais. Não sei dizer exatamente por que, mas os materiais tradicionais estão atraindo muito a minha atenção ultimamente.

Fato é que mesmo tendo adquirido uma Intuos 3 (falei sobre isso em outro post, mas nunca contei toda a história, hehehe), não tenho dado muita atenção às minhas habilidades no meio digital. De certa maneira sair de uma Genius pra uma Wacom está sendo como mudar da água pro vinho. A Intuos é maravilhosa, mas nada daquilo que eu falava sobre configuração é do mesmo jeito, então tenho que aprender tudo do zero. Agora que terminou o Inktober, e não mais preciso me ater à uma mídia pra realizar estudos, acho que é uma boa oportunidade pra voltar a tentar dividir um pouco a utilização de cada uma das mídias.

Sentei então hoje no Photoshop e fiz alguns estudos de cabeças, visando não utilizar camadas pra superar alguns desafios. Nos dois primeiros estudos estava buscando um estilo mais de animação. O velhote foi desenhado de cabeça mesmo, procurando trabalhar com uma forma quadrada. O segundo rascunho é uma tentativa frustrada de desenhar o Sheldon Cooper (The Big Bang Theory) nesse estilo de traço de animação.

Velhote

Sheldon Cooper (?) XD

Por fim, na tentativa de fazer uma coisa com mais cara de pintura digital, fiz esse fanart do Steelwill, do desenho dos anos 1980, Silverhawks.

Steelwill
Não fiz nenhum rascunho prévio pra essa pintura. Só fui jogando massas de cor e vendo a relação entre elas em busca da solução do desenho. Não me admira o rosto ter ficado tão estranho, hehehe, mas valeu a experiência ainda assim, pois gostei da pintura do metal e tudo o mais! :)

Espero que tenham curtido as experiências, e até a próxima!

Inktober

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

“Trinta e um dias, trinta e um desenhos à tinta”.

Foi essa a proposta lançada pelo artista Jake Parker em seu Tumblr para a comunidade de artistas ao redor do mundo. Como qualquer desafio é lógico que existem regras, que são extremamente flexíveis, diga-se de passagem:
  1. fazer um desenho à tinta (pode fazer rascunho à lápis antes);
  2. postar na mídia social de sua preferência;
  3. colocar a hashtag #inktober;
  4. e repetir o procedimento de forma livre (diariamente, só por quinze dias, fazer o mês inteiro em um dia e depois postar gradativamente, ou desenhar só quando te der na telha mesmo). 
Simples assim!

Desempregada desde o início desse mês e com a certeza de que só teria condições de apresentar meu projeto de graduação no início do ano de 2014, me vi, de repente, sem nenhuma atividade na qual pudesse me engajar. Foi então, depois de quatro dias começado o evento, que decidi me juntar aos artistas do mundo todo na brincadeira. Afinal, se era tão simples quanto soava, não poderia deixar de tentar participar, não é mesmo?

Quem me segue pelo Twitter, Tumblr ou Instagram pôde acompanhar minha participação no Inktober 2013. Pra mim o evento começou no dia 4 de outubro, quando fiz um pequeno estudo de observação da Meg, de Paperman (curta animado da Disney) no sketch book e decidi postá-lo na minha conta do Instagram com a hashtag. A partir daí me empolguei e tentei fazer algo pra postar todos os dias.

Meu primeiro Inktober. Ainda estava no estágio, então foi um estudo rápido de observação.

Embora tenha me esforçado, não consegui me planejar como gostaria e teve dia que não consegui sentar pra desenhar. Mas no fim das contas, dos 31 dias de outubro contabilizei minha participação em 24 deles, o que me parece um resultado razoavelmente positivo.

O que posso dizer disso tudo? Primeiro que foi um alento em um momento de puro desespero. Desenhar virou meu momento de alegria e satisfação nesse último mês com todos os acontecimentos ruins. Segundo que foi um exercício muito legal. Sinto claramente que, ao final desse mês de labuta, sentando todos os dias pra desenhar, minha rapidez no desenvolvimento de rascunhos e na finalização melhorou um pouco. Terceiro que o exercício de criar algo todo o dia parece estar convergindo para o que pode vir a ser o nascimento de um novo projeto pessoal.

Outra coisa legal é que apesar do evento não ter nenhum tipo de inscrição e nenhum caráter de obrigatoriedade, eu ficava muito triste quando não conseguia postar e isso foi um fator que me motivou a produzir algo diariamente, mesmo que fosse só um estudo pequeno. Por fim, o retorno que tenho recebido dos meus amigos e da comunidade no Instagram tem sido muito legal, principalmente na série de desenhos dos ratinhos, que ganharão um post só pra eles em breve!

A galera toda reunida no Instagram! Clique com o direito e peça pra abrir em nova aba pra ver maior.

Nunca tinha entrado em nenhum desses desafios, mas foi uma experiência muito boa a qual recomendo pra todos!

Quem quiser ver todos os posts que fiz, basta ir na minha conta do Instagram. Depois vou fazer o upload de tudo pro meu deviantART com qualidade boa.

É isso! Espero que tenham gostado e que venha o Inktober 2014!!!

Lápis de cor apagável Ecole - Ebras

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Caixa de lápis de cor apagável da Ebras - Ecole Apagável 24 cores.

Há algum tempo atrás,  o Caixola foi procurado pela empresa brasileira Ebras, com a gentil oferta para realizar testes em sua linha de lápis de cor apagáveis. Já fazem alguns meses desde que recebi esse material (e alguns outros dos quais falarei em outro post) e demorei um pouco pra escrever a respeito, pois estava super enrolada com meu estágio e o projeto de graduação. Alem disso, a Nanika, minha grande parceira de blog e melhor amiga :), estava muito interessada em testar ela mesma os materiais, pois para ela esse contato com lápis de cor apagável era inédito.  Enfim, demorou um bocado, mas vocês poderão acompanhar a seguir, a visão de duas pessoas sobre esse material. Foi bacana fazer essa troca de figurinhas, pois nossos estilos são diferentes e acredito que as opiniões diversas e a sua própria experiência são importantes para a construção de uma opinião a respeito.

Bom, quando me aproximei pela primeira vez de lápis de cor apagável, estava procurando por uma experiência semelhante à obtida com os grafites de minas coloridas da Koh-i-noor, Pilot e Pentel, porém com maior possibilidade de apagamento, pois esses são bem difíceis de se apagar. Meu primeiro contato foi com os lápis da Faber-Castell que, infelizmente, se mostraram pra mim uma frustração,  pois apesar de serem realmente apagáveis em comparação com as outras minas coloridas que possuo, seu pigmento é muito claro e difícil de trabalhar.

Teste comparativo entre os lápis da Faber-Castell e da Ebras.

Já com o material disponibilizado pela Ebras as coisas foram um pouco diferentes. Fazendo um teste comparativo colocando lado a lado as cores da caixa de apagáveis da Faber-Castell e algumas semelhantes disponíveis na caixa da Ebras, podemos perceber com nitidez a diferença. As cores da Ebras são boas e vivas, deixando uma massa de pigmento boa sobre o papel. Melhor ainda, eles também são realmente apagáveis, vêm com borracha na extremidade de cada lápis e funcionam bem com qualquer borracha, diferente dos da Faber-Castell que “exigem” o uso de borracha sem PVC. No entanto, tive um pouco de dificuldade em manusear os lápis em alguns dos testes que fiz.

No primeiro contato, usei um recorte de papel em formato A6 de gramatura 90g/m² e texturizado para fazer um desenho. Dispensei o uso de um rascunho prévio à grafite, afinal os lápis que estava utilizando eram apagáveis e não precisava ter medo de errar. Utilizei o lápis de mina cinza pra essa etapa.

Rascunho de um Superman feito com Ecole Apagável cor cinza.

A partir daí comecei a trabalhar a sobreposição de cores, e foi onde encontrei uma pequena barreira: foi um pouco difícil conseguir obter misturas de cores. Acredito eu que isso se deva em parte à quantidade de cera contida no pigmento da mina porque a cor logo ficou saturada no papel e não consegui escurecer o desenho com a gradação de cores que gostaria. A partir de um certo ponto, conforme ia tentando jogar outras cores, o lápis ficava só “patinando” no papel mas não coloria nada. :/

Tentando resolver o desenho só com cores...

Depois de tudo colorido, usei minha borracha da Mercur pra destacar os pontos de luz e aqui dá pra ver com clareza como o apagamento do lápis funciona muito bem, e muito melhor do que o da Faber-Castell, inclusive! Quando terminado o desenho, percebi que estava tudo muito homogêneo e desvalorizado com o contorno do meu rascunho em lápis cinza. Como não consegui obter uma boa definição da figura só com a gradação dos lápis, tive que lançar mão de tinta para redefinir os traços principais do desenho. 

... achei que ficou meio desvalorizado no final...


... acabei tacando tinta no contorno. :/

Dentre diversos outros testes de rascunho e pintura que efetuei com os lápis, cheguei à conclusão de que eles realmente possuem uma cor ótima e são muito bons para serem apagados, constituindo-se em um bom recurso para rascunho, colorização e acabamento, pois conferem novas possibilidades como a história de destacar a luz com a borracha. Mas pro meu estilo de desenho e colorização foi um recurso meio difícil de ser manuseado, pois costumo desenhar em formatos pequenos que exigem certa precisão e essa história do lápis saturar rapidamente faz com que eu não consiga “construir” um traço bem definido. Quando estou rascunhando gosto de rabiscar bastante e depois escurecer o traço final do meu desenho, e não consigo fazer isso com os lápis apagáveis do mesmo jeito que faço com os grafites da Koh-i-noor, Pilot, Pentel e grafites comuns, nem com os lápis da Faber-Castell, nem com os da Ebras.

De qualquer forma, acredito que vale a experiência pessoal de cada um com o material, afinal achei muito bacana saber que existe uma empresa brasileira dedicada a esse segmento no mercado. Além disso me surpreendeu a diferença de qualidade entre os lápis da Ebras e os apagáveis da Faber-Castell, sendo os da Ebras, na minha opinião, muito melhores em praticamente tudo.

A parte da gradação de cores foi algo que considerei ruim, mas para compensar esse ponto fraco no produto a linha Ecole Apagável possui uma caixa de 24 cores, o que acaba colaborando bastante pra obtenção de uma gama maior de tons para colorir, e o preço que encontrei na internet foi muito bacana também, em torno de R$ 7,00.

Aqui estão mais detalhes do Superman, bem como alguns rascunhos mais acabados que fiz com os lápis.

Clique pra ver maior. :)

Por fim, deixo vocês descobrirem as impressões da Nanika, que teve seu primeiro contato com materiais dessa natureza:

Impressões da Nanika

Como a Suco disse, não tenho hábito de desenhar usando minas coloridas. Embora eu utilize cores diferentes para fazer rafes digitais, costumo manter o bom e velho grafite em esboços analógicos. Vez ou outra me arrisco com lápis de cor normal, mas isso não ocorre com frequência.
Não tenho minas coloridas próprias pra desenho, e o máximo que fiz com as da Suco foi rabiscar umas linhas aqui e ali. Lápis de cor apagável é, ao meu ver, a proposta que mais se aproxima das dos lápis de desenho (azul e vermelho), com a diferença de que há várias cores pra usar e a possibilidade de conseguir efeitos de luz apagando uma área da massa de cor.
O primeiro contato “verdadeiro” com esse tipo de material foi gastando alguns dos lápis que a Ebras deu para a Suco. Fiz dois rascunhos para testar variação da intensidade da cor, capacidade de apagamento, resistência da ponta, apontamento, e consistência. Para isso usei páginas do meu sketch pad, de folhas brancas de gramatura 130g/m².
Os lápis foram aprovados em todos os quesitos avaliados! Considerando o material na categoria de material escolar, ele oferece muito mais do que se propõe. Não posso comparar os lápis de cor com lápis próprios para desenho, tanto pela especificidade particular de cada um, quanto pela minha inexperiência com o segundo, mas posso afirmar que gostei do material fornecido pela Ebras. 
Nane chan d(^-^ )


Imagens cedidas pela Nanika especialmente para esse bate-bola! :)

Enfim, espero que tenham gostado dessa pequena resenha, das primeiras impressões e dos testes, e que lhes seja útil na hora de adquirir materiais!

Até a próxima, pessoal! 

Rabiscando 27 - Muita coisa

sábado, 5 de outubro de 2013

... é o que tem se passado na minha cabeça nas últimas semanas. Chegou outubro, infelizmente cheio de notícias e acontecimentos desagradáveis. O infortúnio de viver o inesperado, as coisas fora dos nossos planos, é sempre um baita balde de água fria.

No meio do turbilhão de emoções que me pegou no fim dessa semana, encabeçado por uma grande frustração, uma das formas que encontrei de expressar esses sentimentos foi através de uma tirinha, muito embora não seja versada nas artes dos quadrinhos.

Um grande desabafo, no fim das contas.

Graças ao apoio que recebi dos meus amigos, Nane e Bis, e dos meus familiares, estou hoje me sentindo um pouco melhor e, como parte da tentativa de reanimar (mesmo que tudo não pareça tão grande assim aos olhos de alguns), fiz alguns rascunhos, afinal desenhar sempre me anima um bocado! :)

Estou tentando decidir com que roupa partir pra próxima jornada. :)
Alguém?

Estilo Terra Média?

Estilo exploradora?
Desculpem o desabafo, mas pelo menos tem desenho no meio! :)
Até a próxima!


Rabiscando 26 - Teen Titans

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Terça-feira... dia de postar alguma coisinha no Caixola!

Aproveitando uma onda de Teen Titans que nem eu sei de onde veio. :P

Tirando a Estelar (Starfire) que fiz num dia de pouco movimento no estágio, os outros foram rabiscados nos momentos de descanso do meu projeto de graduação.

O Engraçado é que se fosse tentar juntar todos em uma série, ia ficar estranho: a Estelar eu fiz baseada nos quadrinhos do Red Hood and the Outlawso Robin tá parecendo muito novinho e o Mutano (Beast Boy) parece mais velho do que o Robin. Hehehe.

Falta ainda coragem pra desenhar o Cyborg e estou deixando a minha favorita pro final: a Raven! :D
Ainda quero também refazer o Mutano. Esse daí tá com cara de galã... ficou estranho!

Rabiscando 25 - Menino

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Aproveitando o scanner do meu estágio, deu pra registrar três etapas desse estudo que fiquei semanas pra fazer. Não porque eu queria que ficasse perfeito, mas porque estou tentando me policiar pra não perder o foco da produção do meu projeto de graduação, que deve ser entregue daqui há míseras duas semanas! :,(

Então, nesse desenho, tentei rabiscar alguma coisa mais cartum, tipo, desenhos de TV da Disney, acho que me inspirei por Gravity Falls talvez, nem sei. Vi esse desenho pouquíssimas vezes, mas achei legal. Hehehe. Enfim, lá vai:

Rascunho

Lineart - nanquim

Cores - Magic Color e Promarkers

Comentando rapidamente sobre as cores: para fazer o tom de pele utilizei Promarker Blush (dica dos meus amigos Nanika e Bis), nas partes vermelhinhas (nariz, bochecha e cotovelo), usei o Promarker Pastel Pink. O restante todo foi com Magic Color:
  • Blender + Cinza frio 1 na camisa e na base do tênis; 
  • Verde claro + Verde nos detalhes da camisa, no tênis e nos olhos
  • Cinza quente 3 + Cinza quente 5 no cabelo;
  • Mostarda + Oliva + Verde Garrafa no boné;
  • Azul celeste + Cinza frio 2 no Jeans.
Últimos comentários aleatórios:
  1. Estou cada vez mais apaixonada por marcadores! Todos com os quais trabalhei até agora, tirando aqueles a base de água, gostei muito! Ainda mais agora que aprendi técnicas pra misturas suaves de cores, em vez de só usar as coisas chapadas. Hehehe!
  2. Preciso passar a desenhar coisas maiores em mídias tradicionais!!! Colorir com marcadores nesses desenhos pequenininhos que nem dá pra fazer detalhe é tenso demais, ainda mais sobrepondo tintas, pois elas "sangram" umas sobre as outras e acaba vazando.

E é só, pessoal! Até a próxima.